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Humor judaico

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Abraão e Jacó estão desesperados: estão cheios de dívidas e vão ter que fechar a lojinha.
Eles vão até o banco ver se conseguem um empréstimo. Preenchem um monte de formulários e o gerente diz:
- Tudo certo. Vou mandar esta papelada para a matriz, e, se tudo estiver correto o empréstimo sai. Se tiver algum problema, até o fim-de-semana nós mandamos uma carta.
Abrão e Jacó voltam para casa. Até o fim-de-semana é aquela agonia. A cada vez que passa o carteiro é aquele desespero, até ele passar sem entregar carta alguma. Finalmente, na segunda feira chega uma carta. Abraão, o mais firme dos dois, pega a carta e, temendo o pior, a abre. Ele lê a carta com lágrimas nos olhos e, de repente, seu rosto se ilumina, e diz para Jacó:
- Boas notícias! É teu irmão que morreu.

 

Um rabino, um pastor protestante e um padre católico, reúnem-se ecumenicamente, seguindo uma tradição local. Falam de suas religiões, dos seus paroquianos e da difícil tarefa que se propuseram na terra.

Comentam também a sua vida quotidiana. – O que fazer com as contribuições dos fiéis?

– Eu – diz o padre –, resolvi o assunto desta forma: traço um círculo no chão, pego no dinheiro das esmolas e atiro-o para o círculo. O que fica dentro do círculo é para o Senhor, o que fica de fora, para as minhas necessidades.

– Eu – acrescenta o pastor protestante – faço algo semelhante. Traço um risco no chão e atiro o dinheiro. O que for para além do sinal é para o Senhor; o que não for, é para mim. E você, rabino?

– Eu? Eu resolvo diretamente com Ele. Junto todo o dinheiro e atiro-o em direção ao céu. O que Ele quer, guarda-o; o que não quer, deixa cair ao chão e fica para mim.

O humor judaico transborda de ironia. Nem Deus escapa a essa mordacidade, nem os sábios, os rabinos, os professores, os poderosos deste mundo... Encontramos perfeitas demonstrações desse humor por todo o lado e, em especial, no cinema e no espectáculo, com nomes como Woody Allen, Milton Berle, Mel Brooks, Eddie Cantor, Zero Mostel,Gene Wilder, Walter Matthau, Danny Kaye, Jerry Lewis e, evidentemente, os irmãos Marx.
 

Até mesmo Franz Kafka mostrou esse sentido humorístico para além dos seus livros, em histórias verídicas como esta:
 

Kafka vai passar férias em um hotel e, ao preencher a folha de registos, o gerente diz-lhe: "o seu nome é-me familiar". "Impossível - diz Kafka - é a primeira vez que cá venho". Dirige-se para o quarto e acaba de se deitar quando alguém bate à porta. É novamente o gerente do hotel. "Desculpe-me insistir, mas acho que o senhor é um escritor famoso". Kafka responde: "E depois"? "E depois? O senhor mudou a minha vida ao ler A Metamorfose". "Leu-a? replicou Kafka. Onde a encontrou"? "Comprei-a". Kafka gritou: "Não!... Então foi você?
(Juca Chaves, também ele é humorista judeu, conta esta mesma história adaptando-a a uma escritora desconhecida).

 

Versão Hollywood da fuga do Egipto:
 

​Moisés, conduzindo o seu povo, através do deserto, chega ao Mar Vermelho, estala os dedos e exclama: "Manny!" O responsável da publicidade vem a correr: "Diz, senhor?" "Os barcos para atravessar o Mar Vermelho?" (breve pausa) "Oh, gaita! Com toda esta confusão esqueci-me..." Moisés explodiu: "Tu esqueceste-te dos barcos, minha besta? Os egípcios devem estar aqui de um momento para o outro... E agora o que é que eu faço? Peço a Deus que separe as águas para todos os judeus passarem e depois afogue os egípcios???" "Meu! Faz isso e eu consigo-te duas páginas no Velho Testamento!"

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